(The Show Must Go On, 1991)
[Faz hoje (24 de Novembro) dezasseis anos que se calou uma das melhores vozes dos últimos cinquenta anos. "Anyway the wind blows"]
Textos de Ficção, Não-ficção, Cabaret & Prostituição
Vitalogy, Pearl Jam (1994)
[Muitos apontam os dois primeiros álbuns dos Pearl Jam, Ten (1991) e Vs (1993), como sendo os seus melhores. Apesar da urgência e da revolta que se sentiam nesses dois primeiros discos, a verdade é que Vitalogy, foi o disco que os dissociou definitivamente do Grunge e que explicou quais as verdadeiras intenções da banda para o futuro. Do punk sujo de Last Exit, Spin The Black Circle e a inesquecível Not For You, à experimentação de Bugs, Aye Davanita passando pelas típicas baladas "Eddie Vedderianas" como Nothingman, Better Man e Imortality, está lá tudo o que eram (e são) os Pearl Jam. Este sim, foi o disco das camisas de flanela, das calças rasgadas e do cabelo comprido, visual "roubado" a Neil Young (que já se vestia assim desde o final dos anos 1960) por Cobain e Vedder.]
Silence is here again
The silence is here again tonight
Will the love ever come back?
Will the love ever come back?
I know I've been pushing you away
I know it's been going on for days
Those awkward little things
So endearing
Those awkward little things
Wear on me
See, what we got here is a tired love
What we got here is a lazy love
It mooches around the house
Can't wait to go out
What it needs, it just grabs
It never asks
We sit and watch the divide widen
We sit and listen to our hearts crumble
With our only chance to jump
Neither of us had the guts
Maybe we're just too proud
To say it out loud
Silence is here again tonight
Silence is here again tonight
"Sometimes i'm dreaming / where all the other people dance"
Robert Smith in Charlotte Sometimes
[Os Cure voltam a Portugal para mais um concerto que o QCI não vai perder. O último concerto em terras lusitanas foi em 2004 no Festival de Vilar de Mouros. Nessa altura, a banda promovia o disco Bloodflowers, e ainda Greatest Hits. Desta feita voltam na digressão do seu novo álbum, ainda sem título, e que sairá no próximo ano. Tudo o que se sabe é que se trata de um disco duplo.]
Há vários tipos de admiradores da obra dos Pink Floyd: os que só gostam da fase Syd Barrett (1965-1968), outros que pendem para a fase Roger Waters (1968-1984), outros ainda que se ficam pela fase David Gilmour (1985-1995). Há também aqueles - como nós aqui no QCI - que admiram toda a obra da banda, do primeiro ao último registo. Isto de se dividir a história dos Pink Floyd em três partes, deve-se à diversidade a que a banda sempre nos habituou, e o facto de haver seguidores para cada uma delas, quer dizer que estamos a falar de coisas realmente diferentes umas das outras.
No entanto, é deveras redutor, partir a história em três, quando, em boa verdade, na era Roger Waters, os Floyd inovaram (e inventaram) tanto, que até mesmo nessa fase se pode fazer a separação das águas. Vejamos: Atom Heart Mother (1970), está a milhas de distância (em sonoridade) de Dark Side of The Moon (1973); em Meddle (1971), nem parece a mesma que gravou Ummagumma apenas dois anos antes; os últimos discos de Roger Waters na banda, The Final Cut (1984) e The Wall (1979), nada têm a ver com alguma coisa que eles tivessem feito anteriormente. Há por todas estas razões, todo o tipo de admiradores desta banda. Uns gostam, por que os consideram Rock Progressivo (mas estes, normalmente, não conseguem ouvir nada deles, anterior a 1973), outros porque admiram o psicadelismo e a experimentação de Syd Barrett, e dos discos que se lhe seguiram (estes, têm mais aptidão para gostar de tudo o que os Floyd fizeram, menosprezando, talvez, a fase David Gilmour), e há ainda aqueles, que só gostam da vertente mais Pop de A Momentary Lapse of Reason (1987) e de Division Bell (1994) (este, menos Pop). [Atenção: o Pop de que vos falo, não é o Pop como nós o conhecemos, é um Pop Floydiano. Há que dizer, que nada nos Pink Floyd é vulgar. Estes senhores, simplesmente, não sabem fazer discos maus.]
Tudo isto para dizer, que quem não gosta do que os Pink Floyd fizeram antes do famoso Dark Side of the Moon, não vai ligar nenhuma a esta reedição comemorativa do magnífico disco de estreia, The Piper At The Gates of Dawn (1967). Diga-se de passagem, que mesmo para os fans da totalidade da obra, esta edição tripla, pode vir a não ter um grande interesse, visto que consiste em duas versões do álbum - uma em Mono, outra em Stereo - e um terceiro disco com os primeiros três singles da banda, que durante muito tempo não estiveram disponíveis em suporte digital (em 1992, sairam incluídos na caixa Shine On). Qualquer admirador dos Floyd, já tem tudo isto. De qualquer forma, para quem começou agora, ou já começou há algum tempo mas ainda não tem este álbum, nesse caso, é esta a edição a comprar. Avisa-se desde já aos mais desprevenidos, àqueles que estão habituados a ouvir o The Wall e o Wish You Were Here, isto não tem nada a ver. Este é um disco de Rock Psicadélico ou Underground, como lhe chamavam na altura, o que requer algum conhecimento de música dos anos 1960, e especialmente da fase psicadélica. Estamos aqui a falar de música completamente alucinada, embebida em LSD, tudo num universo bastante bizarro e Barrettiano. Talvez não tenha sido o disco mais estranho dos Floyd, mas anda por lá perto. Aqui há que dar largas à imaginação e deixarmo-nos levar pela fantasia de Syd Barrett. O disco comemora 40 anos, e está hoje tão vivo como em 1967. É uma pérola. Aqui fica um pequeno excerto desta obra genial.
"Lime and limpid green a second scene,
A fight between the blue you once knew.
Floating down the sound resounds
Around the icy waters underground
Jupiter and Saturn
Oberon Miranda and Titania
Neptune Titan, Stars can frighten...you
Blinding signs flap flicker flicker flicker Blam pow pow
Stairway scare Dan Dare,who's there?
Lime and limpid green
The sound surrounds the icy waters under
Lime and limpid green
The sound surrounds the icy waters
Underground..."
Astromy Domine (Syd Barrett)
[O QCI sugere também, as seguintes audições do mesmo período: Pet Sounds, The Beach Boys; Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, The Beatles; The Velvet Underground & Nico, The Velvet Underground & Nico; Surrealistic Pillow, Jefferson Airplane; Revolver, The Beatles; The Doors, The Doors; Their Satanic Majesties Request, The Rolling Stones; Forever Changes, Love; Strange Days, The Doors; A Saucerful of Secrets, Pink Floyd, entre muitos outros.]
Sopa de Letras
Autor: Leonard Cohen
Álbum: I´m Your Man
Ano: 1988
Everybody knows that the dice are loaded
Everybody rolls with their fingers crossed
Everybody knows that the war is over
Everybody knows the good guys lost
Everybody knows the fight was fixed
The poor stay poor, the rich get rich
Thats how it goes
Everybody knows
Everybody knows that the boat is leaking
Everybody knows that the captain lied
Everybody got this broken feeling
Like their father or their dog just died
Everybody talking to their pockets
Everybody wants a box of chocolates
And a long stem rose
Everybody knows
Everybody knows that you love me baby
Everybody knows that you really do
Everybody knows that you've been faithful
Ah give or take a night or two
Everybody knows youve been discreet
But there were so many people you just had to meet
Without your clothes
And everybody knows.
"I haven't fucked much with the past, but I've fucked plenty with the future."
Woddy Allen
(n.1935)
Parece que é desta: foi finalmente anunciada a estreia do biopic sobre Ian Curtis (1956-1980), realizado por Anton Corbjin, para Setembro deste ano. Isto, numa altura em que os New Order dão por fim a sua prodigiosa carreira e quando já passaram 27 anos sobre a morte do enigmático vocalista dos Joy Division.
O filme teve como base o livro que Deborah Curtis, esposa do cantor, publicou em 1996 com o nome Touching From a Distance e contou, a espaços, com a participação dos membros sobreviventes da mítica banda inglesa que após a morte de Curtis, viria a dar origem aos New Order. O papel principal chegou a ser atribuído ao actor Jude Law, mas acabou por ir parar ao desconhecido Sam Riley que, curiosamente, nasceu precisamente em 1980.
Em homenagem ao atormentado vocalista, o QCI deixa aqui algumas das suas palavras.