16.6.07

The Smashing Pumpkins: Are they still just a rat in a cage?

Os Smashing Pumpkins voltaram e Portugal já teve a oportunidade de assistir a esta nova encarnação da banda, no festival Oeiras Alive 07. É um retorno em grande: digressão e novo álbum na forja, intitulado Zeitgeist, com lançamento previsto para o próximo dia 10 de Julho. Até aqui tudo bem, não fosse Billy Corgan chamar ao acontecimento reunião. É que de facto, da formação original, já só restam Corgan e o baterista Jimmy Chamberlin, e mesmo neste caso não se trata de uma reunião destes dois, pois este último já tinha feito parte do disparatado projecto Zwan - que se resume a um disco, Mary Star of the Sea (2003) - e ainda participou no dispensável disco de estreia a solo do vocalista dos Pumpkins, The Future Embrace (2005). Com isto, é óbvio que estamos a falar da ausência dos outros dois membros fundadores dos Pumpkins: James Iha (guitarra) e a sempre misteriosa baixista D'arcy. Segundo a Wikipedia, nenhum dos dois aceitou participar nesta "reunião" até porque as relações com Corgan continuam algo conturbadas, contudo, existem outras versões que alegam que o guitarrista e a baixista nunca chegaram a ser convidados. Desta forma urge a questão: o que terá levado Billy Corgan a ressuscitar uma banda que acabou há menos de sete anos?
Aqui no QCI acreditamos que este regresso não se justifica e deve-se apenas ao insucesso de Corgan pós-Pumpkins. Aquele que chegou a ser, provavelmente, um dos compositores mais prolíficos do Rock nos anos 90, pouco fez na presente década para confirmar os seus créditos e daí a necessidade de fazer regressar o nome da sua antiga banda. Em declarações ao Chicago Tribune em 2005, Billy Corgan expressava a sua vontade de fazer renascer o seu grupo de sempre dizendo: "Quero a minha banda de volta, as minhas canções e os meus sonhos." Ora, a banda de volta não aconteceu, pois faltam dois dos membros fundadores, quanto às suas canções Corgan podia tocá-las a solo e não vemos porque razão os seus sonhos terão que passar obrigatoriamente pelos Pumpkins. Desta forma parece-nos que tudo isto se trata de um natural aproveitamento do legado de uma das bandas mais importantes da década de 1990. Não será, certamente, nada de tão escabroso como aquilo que andam a fazer os membros sobreviventes dos Doors ou dos Queen, mas ainda assim é digno de se olhar de lado para este regresso algo repentino e duvidoso, isto, numa altura em que já quase todas as bandas se reuniram e cujos resultados raramente foram superiores ou sequer iguais ao que se tinha produzido no passado.
Será falta de criatividade? Esperemos pelo novo disco que acabará por ser um dos mais importantes na carreira de Billy Corgan, no sentido em que será este o disco que nos dirá se Corgan, um dos compositores mais angustiados, atormentados e revoltados dos últimos quinze anos, terá ainda alguma coisa para dizer ao mundo. Esperemos que sim.

8 comentários:

Anónimo disse...

Voltamos à história do "namoro", em que o primeiro beijo dos Smashing Pumpkins teve a duração de quatro álbuns (Gish, Siamese Dream, Mellon Collie and the Infinite Sadness e Adore).

Anónimo disse...

Epah, isto é assim: Este discurso radiofónico tornado realidade bloguística torna-se, para além de enfadonho, ENFADONHO!Não há (ou não deveria haver!) na blogosfera, espaço para este tipo de prosa formatada. Ainda sou daqueles poucos que acreditam nas qualidades pessoais do principal contribuinte deste desterro!!Ou dos poucos que acreditam nas infinitas possibilidades de gestação de mente tão prodigiosa e inventiva. Devo então dizer, por honestidade intelectual ou apenas por soberba pessoal, que, considerando melhor algumas das referências que eu sei (!) que o autor possui, libertaria o seu estilo das formatações ditadas pelas sinopses de 150 palavras, ou pelas críticas de música de qualquer publicação gratuita. É da minha mais profunda convicção que este ilustre senhor que cultiva o look "JIM MORRISON" descobriria um "Maravilhos mundo novo" se conseguisse deixar de orbitar nas trajectórias dos satélites periódicos ou dos programas radiofónicos. Como a taróloga Maya disse: "Deixa de ser mariquinhas, e escreve aquilo que te vai na alma!".
Tenho dito.

Eça de Queiroz

Anónimo disse...

Obrigado por teres visitado o nosso blogue, e espero que vejas mais vezes. Quanto aos smashing deram um bom concerto, apesar d econhecer pouco a discografia deles, então fui mais assistência do que um fã a curtir, mas deram uma boa festa.....Despite all the rage....

Anónimo disse...

Anónimo, é verdade que o autor deste blog gosta de dar uns ares de Jim Morrison, agora dizer que tem uma escrita formatada é não conhecer ou não saber ler. Sugiro-te que leias melhor este blog ou que formates o teu cérebro. Já nos valeste umas boas risadas na faculdade.

Grande abraço Filipe. Sempre contigo.

ML disse...

Não me espanta que as bandas reagrupadas fiquem aquém das expectativas... As pessoas vão à procura de recuperar sensações de há 10, 20 ou 30 anos atrás. Não funciona, não dá para esperar sentir a música do mesmo modo em períodos diferentes da nossa vida. Ou então a dinâmica de grupo não é sequer a mesma e aí a culpa já n é nossa :P

ML

Anónimo disse...

Faça-se justiça, aqui e na Suiça!
O comentário desse senhor de bigode farfalhudo e monóculo que se auto proclamou o maior Romancista Potuguês roça a imbecilidade de um suíno bastardo. Nunca tinha uma manjedoura parido semelhante descendente!Nunca antes tinha a alma lusa vislumbrado tamanha icompetência crítica! Basta a ideia de comentar depreciativamente este post para arrepiar até a galinha mais depenada!Vai aprender a escrever, ó Eça! O Filipe só não é genial porque ainda não morreu!!(toda a gente sabe que a mortificação iguala a glorificação).APENAS E SOMENTE!!Obrigado Pedro Sousa pelo paternalista puxão de orelhas!!(Já me valeste uma boa risota aqui no Grupo Excursionista "VAI TU").

Miguel Sousa Tavares

Rosa disse...

A frequência deste blog está a ficar no mínimo elitista! Way to go QCI!

Namedida_davida disse...

Etilista não sei mas esta no mínimo engraçada! Viva a democracia, a liberdade de expressão (se é que assim podemos considera la) aos cravos, e ao nosso Filipe que entre um devaneio e outro beira de Jim Morrison a Zeca Afonso sem a menor preocupação ou pudor. Escreve mesmo o que vai nesta alma pertubada porque só inquietando Eças e Sousa Tavares, que me perdoe pois a mãe é uma santa! é que encontras meros momentos da mais pura quietude.
um beijo,

Gi, André e David, direto de São Paulo.