29.6.07

Dogs

Sopa de Letras


Autor: Roger Waters, Pink Floyd
Álbum: Animals
Ano: 1977

"You gotta be crazy, you gotta have a real need
You gotta sleep on your toes, and when you're on the street
You gotta be able to pick out the easy meat with your eyes closed
And then moving in silently, down wind and out of sight
You gotta strike when the moment is right without thinking.
And after a while, you can work on points for style
Like the club tie, and the firm handshake
A certain look in the eye, and an easy smile
You have to be trusted by the people that you lie to
So that when they turn their backs on you
You'll get the chance to put the knife in."
(...)




16.6.07

The Smashing Pumpkins: Are they still just a rat in a cage?

Os Smashing Pumpkins voltaram e Portugal já teve a oportunidade de assistir a esta nova encarnação da banda, no festival Oeiras Alive 07. É um retorno em grande: digressão e novo álbum na forja, intitulado Zeitgeist, com lançamento previsto para o próximo dia 10 de Julho. Até aqui tudo bem, não fosse Billy Corgan chamar ao acontecimento reunião. É que de facto, da formação original, já só restam Corgan e o baterista Jimmy Chamberlin, e mesmo neste caso não se trata de uma reunião destes dois, pois este último já tinha feito parte do disparatado projecto Zwan - que se resume a um disco, Mary Star of the Sea (2003) - e ainda participou no dispensável disco de estreia a solo do vocalista dos Pumpkins, The Future Embrace (2005). Com isto, é óbvio que estamos a falar da ausência dos outros dois membros fundadores dos Pumpkins: James Iha (guitarra) e a sempre misteriosa baixista D'arcy. Segundo a Wikipedia, nenhum dos dois aceitou participar nesta "reunião" até porque as relações com Corgan continuam algo conturbadas, contudo, existem outras versões que alegam que o guitarrista e a baixista nunca chegaram a ser convidados. Desta forma urge a questão: o que terá levado Billy Corgan a ressuscitar uma banda que acabou há menos de sete anos?
Aqui no QCI acreditamos que este regresso não se justifica e deve-se apenas ao insucesso de Corgan pós-Pumpkins. Aquele que chegou a ser, provavelmente, um dos compositores mais prolíficos do Rock nos anos 90, pouco fez na presente década para confirmar os seus créditos e daí a necessidade de fazer regressar o nome da sua antiga banda. Em declarações ao Chicago Tribune em 2005, Billy Corgan expressava a sua vontade de fazer renascer o seu grupo de sempre dizendo: "Quero a minha banda de volta, as minhas canções e os meus sonhos." Ora, a banda de volta não aconteceu, pois faltam dois dos membros fundadores, quanto às suas canções Corgan podia tocá-las a solo e não vemos porque razão os seus sonhos terão que passar obrigatoriamente pelos Pumpkins. Desta forma parece-nos que tudo isto se trata de um natural aproveitamento do legado de uma das bandas mais importantes da década de 1990. Não será, certamente, nada de tão escabroso como aquilo que andam a fazer os membros sobreviventes dos Doors ou dos Queen, mas ainda assim é digno de se olhar de lado para este regresso algo repentino e duvidoso, isto, numa altura em que já quase todas as bandas se reuniram e cujos resultados raramente foram superiores ou sequer iguais ao que se tinha produzido no passado.
Será falta de criatividade? Esperemos pelo novo disco que acabará por ser um dos mais importantes na carreira de Billy Corgan, no sentido em que será este o disco que nos dirá se Corgan, um dos compositores mais angustiados, atormentados e revoltados dos últimos quinze anos, terá ainda alguma coisa para dizer ao mundo. Esperemos que sim.

12.6.07

Love Sick

Sopa de Letras
Autor: Bob Dylan
Álbum: Time Out of Mind
Ano: 1997

I'm walking through streets that are dead
Walking, walking with you in my head

My feet are so tired, my brain is so wired

And the clouds are weeping

Did I hear someone tell a lie?
Did I hear someone's distant cry?

I spoke like a child; you destroyed me with a smile

While I was sleeping

I'm sick of love but I'm in the thick of it
This kind of love I'm so sick of it


I see, I see lovers in the meadow
I see, I see silhouettes in the window

I watch them 'til they're gone and they leave me hanging on

To a shadow

I'm sick of love; I hear the clock tick
This kind of love; I'm love sick


Sometimes the silence can be like the thunder
Sometimes I wanna take to the road and plunder

Could you ever be true?

I think of you
And I wonder


I'm sick of love; I wish I'd never met you
I'm sick of love; I'm trying to forget you


Just don't know what to do
I'd give anything to

Be with you

8.6.07

Top 5

1.The Beatles: Abbey Road (1969)

2.Love: Forever Changes (1967)

3.Pink Floyd: The Dark Side Of The Moon (1973)
4.The Velvet Underground & Nico: The Velvet Underground & Nico (1967)

5.Tom Waits: Swordfishtrombones (1983)

3.6.07

Citação

"O amor é bem melhor na imaginação do que na realidade. Nunca o fazer é muito excitante, as atracções mais fascinantes produzem-se entre pessoas que nunca se encontram."

Andy Warhol
(1928-1987)

Treinos de Captação

Não há quem não tenha já dito, numa qualquer conversa de café, que a profissão que devia ter escolhido era a de jogador de futebol. Dizemos estas coisas quando lemos na imprensa que Cristiano Ronaldo ganha 1000 euros por segundo ou que Luís Figo ganha milhões sempre que pisca os olhos. É claro que este tipo de rendimentos não está ao alcance de qualquer um. Nem mesmo os melhores ordenados do pequenino campeonato português são destinados a um qualquer que seja meramente "jeitoso pá bola" ou que "até dá uns toques".
Perguntam-se neste momento os meus três leitores: "mas que raio de conversa vem a ser esta afinal?" Passo a explicar: é que, quando vemos o Nuno Gomes a jogar, pensamos que afinal também nós poderíamos ter sido jogadores de futebol e que deveríamos ter levado mais a sério os treinos de captação do Amora.
Ao Nuno Gomes bastou ter uma carinha laroca, uma fitinha no cabelo e o apelido de um verdadeiro goleador (Fernando Gomes) para singrar no futebol português (sim, porque no futebol italiano recambiaram-no logo!). O Nuno "Golos", como os simpáticos adeptos benfiquistas lhe chamam, não se esforça muito, e eu, no lugar dele, faria exactamente o mesmo, isto é, nada. É que o rapaz sabe que, mesmo que não marque golos, todos vão continuar a referir-se a ele como sendo um goleador, as miúdas continuarão a suspirar, os treinadores a apostar nele jogo após jogo, e mês após mês lá vão continuando a cair na conta mais vinte mil continhos mais coisa menos coisa. Querem melhor profissão que esta?
Scolari, esse é que ninguém engana. É sabido que o homem vem lá da terra do Samba, e sabe que o avançado português nem para servir caipirinhas num jogo brasileiro de terceira divisão servia.
O que não se percebe, é como é que o Hélder Postiga tem quase os mesmos privilégios sem nunca ter usado a essencial fitinha!
Já que falamos de futebol, aproveito já para fazer uma revelação: descobri no outro dia que o meu segundo clube é o Sporting. Ora, sendo eu benfiquista isto é, no mínimo, de estranhar. Já há uns anos que vinha a desconfiar e agora chegou a hora de assumir. Tenho uma costela sportinguista! Gosto deles pá! O primeiro sinal que me levou a crer que simpatizava com os verdinhos do outro lado da segunda circular foi quando eles se sagraram campeões ao fim de dezoito anos. Festejei aquilo quase como se fosse um campeonato ganho pelo Benfica. Credo, onde é que isto já se viu! Amanhã tenho os No Name Boys a fazerem-me uma espera à porta de casa.
Já do F.C. Porto é que não gosto muito. Aquela massa associativa é um bocado estranha: quando perdem, partem tudo; quando ganham, partem um bocadinho menos. Esta gente é esquisita, nem que seja porque dizem todos os anos que o Benfica é levado ao colo. Não percebo: levado ao colo para onde? Para o terceiro lugar? É sabido que nos últimos vinte anos, quem ganha quase sempre é o Porto! Pelos vistos, para além da incompetência do Nuno Gomes, o Benfica é incompetente até na corrupção...
Esta semana, o Manchester United veio às compras a Portugal. Curiosamente, não compraram nada no Estádio da Luz. Alex Ferguson quando indagado acerca desta questão foi peremptório: "oh no, no! Compras naquela zona só mesmo no Colombo, o resto é para ricaços! Rich Men!" Perguntaram-lhe ainda se tinha conhecimento que Nuno Gomes e Beto estão em Friendly Price, e que na compra dos dois ainda podia levar o Moretto e o Derlei, ao que ele responde sem hesitar: "Friendly my ass!! Não desejo esses jogadores nem aos meus piores inimigos (leia-se Mourinho)! "
Luís Filipe Vieira, por seu lado, não se cansa de dizer que o Benfica é o maior clube do mundo. Se calhar até é, se tirarmos destas contas os países de onde vieram aqueles clubes que, inexplicavelmente, derrotaram o glorioso "maior do mundo", esta época, ou seja, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Escócia...Será que me estou a esquecer de algum? Nem quis aqui incluir os últimos cinco anos, porque se assim fosse, nem na Somália o Benfica se safava!
Enfim, o que interessa é que Portugal ganhou à Bélgica com um golo monumental do Postiga (que tranquilizou desde logo os adeptos portistas dizendo, no final do jogo, que só pensava voltar a marcar um golo lá para Janeiro) e que a época terminou com o Belenenses a passear no Estádio do Jamor.
Como não escolhi usar fitas no cabelo, agora tenho que me ir deitar que já se faz tarde e amanhã é dia de trabalho, enquanto o Nuno Gomes estará numa ilha paradisíaca qualquer. Mas porque é que falhei aquele golo nos treinos de captação?