22.1.08

Mano a Mano

"Contra o silêncio do mar da palha
Ecoarão as vozes da nossa geração
Cantaremos as nossas palavras na noite,
e no céu,
as estrelas brilharão mais,
Quando todos os olhares as procurarem
Incrédulos.
Estão lá, sim,
E lá permanecerão, muito depois de nós.
A Resistência existe muito aquém
do lugar das estrelas, muito longe delas...
Cantará sempre...e os sons
elevar-se-ão aos céus.
Em Lisboa
E as guitarras tocarão para sempre."

Pedro Ayres Magalhães



Para onde terá fugido o sonho? Em que rua estreita, suja e velha terei deitado fora a minha vida?

10 comentários:

Lampadinha disse...

Porquê que fugiu? Vai atrás dele e agarra-o! Os sonhos só fogem quando queremos!

Rui Coelho disse...

lampadinha is a wise lad.

Rosa disse...

"E as guitarras tocarão para sempre." Acima de tudo há esperança em que o sonho continue, sempre. Nunca largamos completamente os nossos sonhos, podemos esquecermo-nos deles, podemos não ter às vezes a força necessária para fazê-los ser, mas serão sempre linha a carvão no desenho (ou rabisco se quiseres) da nossa individualidade. Bem haja.

Anónimo disse...

Queira o Senhor saber que o seu post valeu-me uma ideia genial, a ideia que faltava, o tal "golpe de asa"! Ora dia 1 de Março, no Grémio Lisbonense, declamarei este poema magnífico, já que me foi encomendada uma sessão de poesia. Et voilá! É disto que quero falar: "A Resistência existe muito aquém do lugar das estrelas, muito longe delas..." Obrigada!

Anónimo disse...

Onde andas? Em que rua estreita, suja e velha poderei achar-te?

Anónimo disse...

EU quero coisas impossíveis
TU queres coisas impossíveis
ELE/ELA quer coisas impossíveis
NÓS queremos coisas impossíveis
VÓS quereis coisas impossíveis
ELES/ELAS querem coisas impossíveis.

SR. das COISAS IMPOSSÍVEIS queremos mais...

scaramouche disse...

parabéns pelo blog.

scaramouche.

Rosa disse...

Venho por este meio expressar a minha indignação pelo silêncio que paira nesta casa. Está tudo morto?? Abram-se janelas, sacudam-se tapeçarias, espante-se o bicho caruncho e as aranhas para a rua!

Fazes falta na blogosfera. Sinto falta do ácido das tuas palavras, isto anda tudo muito adocicado.

Vai um limão fresquinho?

(a minha língua já eriçou e a tua?)

Anónimo disse...

... acho que o viram ali para os lados de santa marta, numa daquelas ruazinhas entaladas entre os prédios a entoar músicas de resistência, pink floyd e afins a troco de cigarros e algum cinismo. Dizem que viu a luz e quis segui-la, mas perdeu-lhe o rasto nos labirintos e comeu as migalhinhas que deixou para trás para não se perder. Acendi um luzeiro e ofereci alvíssaras a quem o vislumbrasse, mas toda a gente calou as pistas e atirou-as ao poço do quintal.

Resta-nos esperar. Quem o encontrar primeiro acene.

Eu mantenho o luzeiro aceso.

Rui Coelho disse...

e o pseudo-turismo pelos becos de lisboa, perdeu-se?